terça-feira, 28 de agosto de 2012

Fundação Simão José Silva

Rodney Rocha - Produtor Executivo e Gestor de Projetos na Fundação Simão José Silva



Cataguases conta hoje com quatro instituições culturais de peso mantidas por empresas e por leis de incentivo municipal, estadual e federal. A Fundação Simão José Silva , criada em 1984, é a mais antiga delas. A maior parte de suas verbas são provenientes do Grupo Bauminas, mas também utiliza recursos originários de isenção fiscal. Segundo seus representantes, entre seus projetos de maior visibilidade estão o Festival de Teatro de Rua que incentiva as artes cênicas e valoriza os talentos locais; o Sou Moderno Sou de Cataguases, série de visitas guiadas que apresentam a arquitetura, a arte e a cultura local a estudantes da cidade e região; e o Arte Boa Praça, eventos que reúnem expressões artísticas variadas como teatro, culinária, música e literatura na própria instituição e em ruas e praças. A FSJS possui ações voltadas para as escolas, mas tem na comunidade em geral a formação de seu principal público.

Apesar de reconhecer a importância destas iniciativas o produtor executivo e gestor de projetos, Rodney Rocha, diz ter sido necessária uma mudança de foco das ações nos últimos dois anos, para se criar uma identidade para a Casa de Cultura Simão, sede das ações da Fundação. “Todos os projetos continuam a existir, mas com menor força, pois a prioridade agora são as atividade realizadas na Casa.” Foram criados projetos para serem aplicados dentro da instituição, e ao buscar sempre o desenvolvimento das artes cênicas, são oferecidas à comunidade oficinas de teatro e apresentações profissionais de música e teatro realizados por artistas da região no Anfiteatro Ivone Barbosa Silva, espaço que tem atenção especial dos colaboradores e do público beneficiado pelos projetos.

Rocha diz ter perdido a ideologia cultural de que era tomado no início de sua carreira, depois de conhecer seu lado materialista, a “cultura como status”. Segundo ele, existe uma preocupação muito grande com o ter, quando o que importa é o ser. Acredita que a cultura nivela, homogeneíza as coisas, independe de classes sociais. Para ele, o patrimônio de Cataguases são as pessoas e as suas iniciativas, desde sempre, o resto é consequência. “O investimento é necessário, mas sem a vontade das pessoas não existe política cultura1 e é isto que diferencia Cataguases das outras cidades”.

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