sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Culto Circuito

Culto Circuito me deu oportunidade de falar sobre um trabalho que me fez muito feliz. Bela Ischia em especial seu presidente Marcelino Tilli, assim como a Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais a possibilidade de realizá-lo.

quinta-feira, 16 de maio de 2013


Palestra "Cultivo de Sonhos"
Cine-Teatro Brsil
Além Paraíba- MG


Quem colaborou nesta palestra foi mais uma vez a professora Beatriz Bento de Souza. Além de artistas, estudantes de eventos e trabalhadores da cultura, o lançamento do livro e a palestra contou com a presença de 18 jovens do terceiro ano do Ensino Médio de uma escola particular local.




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Palestra "Cultivo de Sonhos"
Museu Espaço dos Anjos
Leopoldina - MG

Quem colaborou nesta palestra foi Beatriz Bento de Souza, socióloga e diretora da Universidade do Estado de Minas Gerais – Unidade Leopoldina. O lançamento do livro fez parte das comemorações do aniversário de 159 anos da cidade e contou com a presença de acadêmicos, secretários municipais e  vereadores.


sábado, 27 de abril de 2013


Palestra "Cultivo de Sonhos"
Casa Arthur Bernardes
Viçosa - MG


Na cidade de Viçosa a palestra e o lançamento do livro passaram a fazer parte do projeto de extensão da UFV, “Café com Livros”. Rosane Carmanini Ferraz contribuiu mais uma vez com comentando a pesquisa sobre políticas culturais.

Palestra "Cultivo de Sonhos"
Biblioteca Municipal de Ubá
Ubá - MG


Em Ubá o lançamento do livro na Biblioteca Municipal teve como objetivo divulgar o espaço, assim como acontece com outros projetos como a Hora do Conto e exposições.A professora e historiadora, Rosane Carmanini Ferraz, também falou sobre políticas culturais, especialmente às destinadas aos Museus.

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Palestra "Cultivo de Sonhos"
Biblioteca Pública Municipal Vivaldi Wenceslau moreira
Muriaé - MG

A convidada foi mais uma vez a professora de sociologia, Patrícia Werneck Silva de Oliveira.
Esta palestra fez parte do projeto da Biblioteca “Prazer em Conhecer, Prazer em Ler” e contou com a presença de 30 alunos da Educação de Jovens e Adultos da cidade vizinha de Miradouro.



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segunda-feira, 15 de abril de 2013


Palestra "Cultivo de Sonhos"
Centro Cultural Dnar Rocha
Juiz de Fora - MG


A palestrante convidada em Juiz de Fora foi a historiadora Rosane Carmanini Ferraz, doutoranda em História na UFJF e historiadora no Museu Mariano Procópio em Juiz de Fora. Esta palestra contou com aproximadamente 30 jovens beneficiados pelas políticas culturais desenvolvidas no Centro Cultural e suas famílias.



sábado, 16 de março de 2013

Palestra "Cultivo de Sonhos"
Instituto Francisca de Souza Peixoto
Cataguases - MG


O convidado para falar de políticas culturais neste dia foi o professor Paulo César Pontes Fraga, docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFJF. 
Estiveram presentes acadêmicos de Pedagogia da FIC/UNIS de Cataguases, artistas e trabalhadores da cultura.


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quarta-feira, 13 de março de 2013

Início do ciclo de palestras "Cultivo de Sonhos"
Centro Cultural Humbero Mauro 
Cataguases - MG

A palestrante convidada foi Patrícia Werneck Silva de Oliveira, professora de sociologia, bacharel e licenciada plena em Ciências Sociais com especialização em Sociologia e em Políticas Públicas e Gestão Social. Integrou o Fórum Diversidades Criativas, realizado pelo Polo Audiovisual da Zona da Mata e contou com público composto por professores universitários, políticos, secretários de cultura, educação e finanças da cidade e região, artistas e gestores culturais locais e regionais.


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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


O Cultivo de Sonhos: uma cartografia das políticas públicas de cultura da Zona da Mata Mineira foi inicialmente uma dissertação de Mestrado, defendida em 2010, pela professora Andrea Vicente Toledo Abreu, na Universidade Federal de Juiz de Fora. Atualizada e transformada em livro, será apresentada agora através de palestras que ajudarão a multiplicar e esclarecer alguns dos dados colhidos durante a pesquisa: o conceito de cultura, as leis de incentivo, e a análise e a interpretação das políticas públicas desenvolvidas nas principais instituições culturais.
O objetivo da iniciativa é disseminar o crescimento, a expansão e a modernização das políticas públicas de cultura na Zona da Mata Mineira, contribuir no sentido de retirá-la do relativo adormecimento em que se encontra e trazê-la para o debate político da região, visando a criação de novas políticas para o setor.
É certo que almejar apresentar aos trabalhadores e amantes da cultura o panorama atual de suas políticas públicas não é tarefa simples. Previsões e sugestões para o futuro, no intuito de se contribuir efetivamente, também foi trabalho árduo e nada modesto, mas realizado com a dedicação e o envolvimento de uma pessoa que sinceramente acredita que políticas públicas de cultura bem estruturadas podem contribuir para uma vida mais digna e plena.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Conservatório Estadual de Música "Lia Salgado"



Referência em música na região o Conservatório Estadual de Música "Lia Salgado", em Leopoldina, oferece aulas de música para diversificados seguimentos. Piano, violão, flauta doce e transversa, violino e canto mesmo que ainda sem encontrar o tom, trazem encanto para aos arredores do antigo Gymnásio Leopoldinense. Com mais de 1500 alunos o Conservatório ajuda a despertar talentos e o gosto musical de crianças, jovens e adultos desde sua implantação em 1956. Nos moldes de uma escola desenvolve no decorrer do ano letivo audições, festas do folclore, desfiles e Concerto de Natal. A ação, já consolidada, é política cultural de referência na região.


Aurinéia Silva - Professora de Violão no Conservatório Lia Salgado

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Cataguases: o patrimônio cultural são as pessoas e as suas iniciativas


Cataguases, cidade de identidade modernista com 69.695 habitantes , é conhecida nacionalmente por ter desenvolvido ações culturais através do cinema de Humberto Mauro, da literatura dos Verdes, da arquitetura de Niemayer e da obra de Portinari. Além destes, a partir de 1984, teve início através do investimento de empresas locais, a criação de instituições que visam alavancar a cultura entre os munícipes. Este empreendimento, tão apreciado e elogiado ao longo de sua história pode ser a causa, segundo trabalhadores da cultura da localidade e região, de uma acomodação do poder público na promoção de políticas públicas de cultura, observado na primeira fase da pesquisa que deu origem a este trabalho.

Cataguases conta hoje com quatro instituições culturais de peso mantidas por empresas e por leis de incentivo municipal, estadual e federal já apresentadas neste blog: a “Fundação Simão José Silva”, a “Fundação Ormeo Junqueira Botelho”, o “Instituto Francisca de Souza Peixoto”,  o “Instituto Cidade de Cataguases”  e a “Fábrica do Futuro”.

Organizações de menor porte, mas de real importância, também favorecem o ambiente cultural em Cataguases. Entre elas destaca-se a “Associação dos Criadores de Arte de Cataguases”, fundada por artistas da cidade com o objetivo de se organizarem para a produção de política cultural; dos eventos criados por cidadãos independentes como o “Festival Literário de Cataguases” que aconteceu pela primeira vez em 2009, já tendo entre seus participantes nomes de destaque na literatura nacional como Ferreira Gullar e Fabrício Carpinejar, e talentos locais como Luiz Ruffato, Joaquim Branco e Lina Tâmega; e dos movimentos religiosos em prol da cultura afro-brasileira. Todos são exemplos de iniciativas que surgem como frutos de uma cidade conhecida por sua produção cultural.

Em meio a esta profusão de ações, o poder público municipal faz tentativas, ainda modestas, em meio a efervescência natural em prol da cultura presente em Cataguases. A engenheira eletricista, Marisa Beghine de Freitas, à frente da secretaria de cultura em 2009, não conseguiu levar a frente seus projetos. Beghine declarou, nesta época, ciência de que a cidade não dispunha de políticas públicas de cultura suficientes oferecidas pelo município, e que a secretaria não tinha condições de apoiar os projetos a ela submetidos. Por considerar a cultura estimulada pelas instituições da cidade elitista e visando sanar, o que avaliava como um problema, propunha buscar em sua gestão apoiar a “cultura nos bairros”. Potencializar e divulgar “a cultura nos bairros” seria para a ex-secretária o ponto forte de seu mandato, através de uma política descentralizada de fomento aos projetos. Suas ideias não puderam se concretizar e em 2010, José Victor Lima assumiu a pasta da cultura junto com a de esporte que já era de sua responsabilidade.

José Vitor Lima - Secretário de Cultura, Esporte e Turismo de Cataguases
As mudanças nas políticas culturais governamentais não foram muitas, mas não se pode negar que houve avanços. O secretário soube aproveitar parcerias e a prefeitura de Cataguases integra o “Pólo Regional da Zona da Mata” e apoia projetos como o “ArtEducação Digital” de responsabilidade da Humanizarte e o “Encontro Marcado com Fernando Sabino”, ambos realizados através de isenção fiscal. A desapropriação do prédio que abriga o “Cine Edgar” para futuro restauro, a locação em sede própria da “Biblioteca Municipal Ascânio Lopes” e a criação de Centros Culturais nas estações ferroviárias dos distritos após os devidos reparos nas instalações, também são importantes em sua gestão. Atrelado a estas ações, mesmo com todas as adversidades, os trabalhadores do quadro fixo da cultura vêm desenvolvendo um projeto de educação patrimonial, que vale ser destacado como importante política pública de cultura promovida pelo município. Liderada pela professora Virgínia Ribeiro de Souza a ação tem como objetivo apresentar às crianças informações históricas e culturais sobre a cidade com visitas guiadas e atividades interdisciplinares nas escolas. O projeto conta também com a publicação de cartilhas, apoia a educação e a pesquisa, os arquivos públicos e artes plásticas. Tudo é feito com recursos obtidos através do ICMS Patrimonial. Cataguases encontra-se atualmente em 11% lugar no ranking atual de valorização estabelecido pelo IEPHA/MG.

As ações que a gestão atual começou a desenvolver na tentativa de apoio mais consistente à cultura podem corroborar com seu crescimento se tratada com seriedade. O primeiro passo foi dado com a criação do “Fundo Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural e do Conselho Municipal do Patrimônio” regulamentados através do decreto 3647/2010, segundo o coordenador do “Departamento Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico de Cataguases” (Demphac), José Luiz Batista. O mesmo acontece com a criação do “Programa de Incentivo à Cultura”, “Lei Ascâncio Lopes”, nº. 3.746/2009 pelo vereador Vanderlei Teixeira Cardoso, que deu uma nova força às políticas culturais governamentais em Cataguases. Três editais já foram aplicados oferecendo oportunidade aos artistas locais de ampliarem seus trabalhos.

O esperado em políticas públicas é que independente de partidos políticos ou de ideais individuais o poder público assuma a responsabilidade pela cultura sem esperar que estas sejam feitas apenas por empresas privadas. A secretaria de cultura, além de criar e desenvolver seus projetos deve se tornar articuladora entre as instituições existentes ao potencializar o que já é feito, apoiar seus gestores através de parcerias financeiras, de recursos humanos e do que mais se fizer necessário, afinal a cultura como a saúde, a educação, o saneamento básico são responsabilidade do Estado.

Feira da Paz

A Feira da Paz na cidade de Leopoldina foi criada em 1988 e é promovida todos os anos pela APIL – Associação das Pioneiras de Leopoldina. Conta com patrocínio da Prefeitura de Leopoldina e o apoio de sua Secretaria de Cultura. Um dos objetivos principais de suas criadoras é gerar renda para obras sociais apoiadas pela Associação.

Montada no parque de exposições, a Feira conta com barracas de comidas típicas dos cinco países que formam a base da população do município - Alemanha, Estados Unidos, Grécia, Itália, Portugal e Síria - com artesanato regional, apresentação de bandas, danças folclóricas e desfile de abertura que traz representações do vestuário e informações sobre os países de referência.

A Feira da Paz pode ser considerada também exemplo de política pública de cultura realizada com a união do município e a comunidade local.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho

Fausto Menta - Produtor do Usina Cultural em Cataguases


A FCOJB foi criada em 1985 e é mantida pelo Grupo Energisa. Os projetos que realiza conta com parcerias de outras empresas, com a Secretaria de Cultura de Minas Gerais e o Ministério da Cultura. Desde então, desenvolve atividades não só em Cataguases, mas também em outras cidades de Minas Gerais e nos Estados da Paraíba, Rio de Janeiro e Sergipe. Destaca como uma de suas principais atividades as “Usinas Culturais”, que consistem na criação e manutenção de espaços culturais nas principais cidades das áreas de concessão de suas empresas. Em Cataguases, o “Usina Cultural” teve grande ampliação nos últimos dois anos. Para seu produtor, Fausto Menta, isto se deu devido ao objetivo de se construir uma agenda de espetáculos voltada para as tendências contemporâneas da cultura brasileira com a finalidade de incentivar, fomentar, formar novos públicos e promover o acesso à cultura.


O “Usina Cultural” busca fazer circular pelo interior de Minas Gerais o que há de mais inventivo, autoral, conceitual e que, acima de tudo, não tenha ainda sido absorvido pelo grande mercado da música brasileira. Portanto, o foco é na formação de novos públicos para espetáculos de qualidade, mas pouco viáveis na programação cultural do interior. A música é o carro-chefe do trabalho que contempla também o teatro. Além de incentivar os artistas de Cataguases e da região, mantém sua atenção voltada para a os novos talentos da MPB, o que não exclui da programação artistas já consagrados no mercado. “É na mistura de gerações, de influências, dos diferentes registros, da riqueza e diversidade da arte e da cultura brasileiras que o Usina Cultural busca sua energia. Uma energia que se renova a cada vez que o público aplaude o artista, a cada vez que a emoção transborda no espaço de realização dos shows,” reforça Menta.

Outra ação permanente e de evidência internacional é o “Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa” - CINEPORT, evento sediado de forma intercalada entre os países envolvidos, que propõe a integração e o desenvolvimento do mercado audiovisual, promovendo filmes realizados em português e dialetos falados nas nações que compõem a CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A Fundação realiza também o “Festival Ver e Fazer Filmes” e apoia os filmes produzidos na região; possui ampla atuação no apoio a museus, arquivos e bibliotecas; na recuperação de sítios históricos; na restauração de obras de arte e arquitetônicas; na preservação do folclore, na manutenção da Oficina de Artes do “Centro de Tradições Mineiras” com cursos de música, teatro e artes plásticas; na criação do “Centro Cultural Humberto Mauro”, espaço amplo destinado à exposição de artes visuais, teatro, dança, seminários, lançamento de livros e uma exposição permanente do trabalho do cineasta que lhe empresta o nome; no festival gastronômico no distrito de Piacatuba, distante 33 km de Cataguases; no resgate e divulgação da obra de Ataulfo Alves através de eventos como o “Festival Ataulfo Alves de Samba e Culinária de Botequim”, na cidade de Miraí; e o “Museu Energisa” e o “Centro de Memória da Zona da Mata” inaugurados em Agosto de 2012, no prédio que antes abrigava o “Museu da Eletricidade”. A intenção de seus criadores é proporcionar às pessoas a história de avanços e conquistas do setor energético em meio a equipamentos utilizados na construção das usinas, além de altímetros, bússolas, amperímetros e teodolitos. O espaço conta também com imagens históricas, fotografias e filmes exibidos em monitores espalhados pelo Museu e uma sala de cinema com 25 lugares. Todas estas atividades são consideradas pela fundação como destinadas a comunidade em geral.

A FCOJB, como destacado por sua presidente Mônica Botelho , propõe para os próximos anos a expansão e atuação cultural do Grupo Energisa Minas Gerais para as 65 cidades de sua área de concessão. Para isto, auxilia na organização do Consórcio Intermunicipal de Cultura e deu início a uma discussão com o painel "Produção Cultural em Minas Gerais - Oportunidades, Desafios, Redes e Parceria", quando reuniu produtores culturais, representantes da Secretaria de Cultura do Estado, de ONGs de atuação cultural e secretários de cultura e educação. Ambos buscam fortalecer o poder cultural das cidades com a orientação de seus gestores para a elaboração e aplicação de projetos, captação de recursos e prestação de contas, mas especialmente para a conscientização de todos sobre a importância da preservação e da criação cultural da região.

Instituto Cidade de Cataguases e Instituto Fábrica do Futuro

Djlama Dutra, César Piva e Gustavo Baldez

O Instituto Cidade de Cataguases  é uma associação criada em 2003 em torno de uma rede cooperação horizontal na perspectiva de um projeto de longo prazo, de interesse público, com meta de impacto geracional. Desde então é mantido através da realização de diversos projetos com recursos provenientes de fundos públicos, leis de incentivo, parcerias, patrocínios e prestação de serviços, integrando um amplo “Programa de Cultura e Desenvolvimento Local”, iniciado em 2002 em Cataguases, envolvendo inúmeras lideranças culturais, educacionais, empresarias e sociais, de instituições da sociedade civil, empresas e governos na região.

O ICC ganhou visibilidade a partir de 2004 com o “Projeto Arquitetura Pública” realizado através de parceria com a Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais, a Prefeitura Municipal de Cataguases, o CREA-MG e Caixa Econômica Federal. A iniciativa criou um programa inovador de casas populares com perfis diferenciados de acordo com o gosto de seus proprietários e no auxiliou aos municípios de Cataguases, Muriaé e Leopoldina em suas políticas de planejamento urbano, habitação social e preservação do patrimônio cultural. Nesse período outro destaque foi o “Projeto Escola de Cidadania” em parceria com a ONG Cidade, a Universidade Federal de Juiz de Fora e Prefeitura Municipal de Cataguases, na realização de um programa de formação de novas lideranças juvenis e comunitárias. 

Em 2005, com a inauguração da Fábrica do Futuro – Incubadora Cultural do Audiovisual e das Novas Tecnologias – realizou suas primeiras ações de formação, em especial, para e com a juventude local, com objetivo da criação e a difusão de conteúdos audiovisuais, culturais e educativos além de buscar, na apropriação social de novas tecnologias, a promoção de oportunidades para modelos de trabalho e empreendimento. Com isso, sob os auspícios da Fábrica do Futuro estão os projetos de criação coletiva do audiovisual, animação e tecnologias.

 A “Rede Geração Digitaligada de Webvisão” é, segundo seu gestor César Piva, o projeto de maior importância e estruturador nesse momento: “Através dele foi possível gerar uma experiência de web TV que não só exibe os conteúdos produzidos pela Fábrica e de seus parceiros nos mais diversos projetos, mas, especialmente possibilita criar um ambiente de trabalho criativo inovador, uma primeira ação em rede e a distância envolvendo coletivos de jovens em inúmeras cidades mineiras”. A Fábrica do Futuro traz em sua dimensão inaugural a missão de estimular o estabelecimento de redes criativas de cooperação e produção audiovisual colaborativa em rede. A partir de então são diversos projetos: “Conexão Digital”, “Fábrica Animada”, “Rede Lab”, “Caravana Digital”, todos em parceria com o “Programa Vivo Lab”. Outra importante ação é o “Projeto Cidades Invisíveis”, com a formação, capacitação e difusão cultural em todo o estado de Minas Gerais em colaboração com a Rede Minas de Televisão e o Ponto de Cultura Contato – Centro de Referência da Juventude de Belo Horizonte. Pauta-se pelos debates que circunscrevem a TV Pública, a Convergência Digital e a diversidade cultural mineira. Para Gustavo Baldez, seu coordenador do Núcleo Multimídia, “todo este conhecimento gerado e acumulado é cultura e conhecimento que precisa, portanto, ser registrado e disseminado. Para tal, a Fábrica do Futuro criou a “Plataforma de Produção Audiovisual em Rede” – PROAR – que estamos usando em diversas ações, projetos, festivais para criação e produção à distância”.

 Em 2008 a Fábrica do Futuro deixa de ser um projeto cultural e ganha a dimensão institucional com a fundação do Instituto Fábrica do Futuro, que assume definitivamente a vocação de formação, criação e produção com foco no audiovisual, mídias digitais e nas novas tecnologias. 

A partir de então, cabe ao ICC a gestão mais ampla do Programa de Desenvolvimento Local com destaque para: o “Festival Ver e Fazer Filmes” que em parceria com a Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e o Grupo Energisa, realiza evento voltado para jovens e adultos, estudantes, educadores e profissionais de cinema dos países de língua portuguesa, em especial, Brasil, África e Portugal; no “Fórum DiverCidades Criativas”, em parceria com o Sebrae Minas, destinado a pensar e criar ações de cultura como instrumento de economia criativa, bem como, promover ações consorciadas de políticas públicas entre prefeituras, empresas e instituições da região; no “Projeto Tela Viva de Cultura e Cidadania” que em parceria com o Instituto Votorantim, da acesso ao cinema nacional aos moradores de bairros e distritos rurais de 6 cidades da Zona da Mata Mineira: Cataguases, Muriaé, Itamarati de Minas, Mirai, São Sebastião da Vargem Alegre e Descoberto; e na implantação do Pólo Regional da Zona da Mata, que se destina ao implantar um arranjo criativo e produtivo do setor, envolvendo as produções já existentes e de novas criações para que possam se transformar num ativo econômico que gere oportunidades de renda, trabalho, negócios e uma nova economia na região. 

 Ampliando esta atuação, em 2011, realizou o “Projeto Memória e Patrimônio Cultural de Cataguases”, através do trabalho de seus agentes culturais, em especial de seu coordenador e mentor intelectual, Paulo Henrique Alonso, e da colaboração de educadores e instituições culturais locais. A iniciativa retomou as reflexões sobre a memória e patrimônio da cidade de Cataguases, inspirada na que foi iniciada em 1988, quando a Prefeitura Municipal de Cataguases convidou a antiga SPHAN/Fundação Nacional Pró-Memória a auxiliá-la no resgate da cultura e memória cataguasense.  Foram feitas pesquisas de história oral, memória visual, evolução urbana, inventário de bens móveis e pesquisa documental. Desta ação, resultaram registros de memória oral publicados em 1988, 1990 e 1996 e um grande acervo de fotografias antigas que estão catalogadas no Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico de Cataguases (DEMPHAC). Com a retomada e o aprofundamento do projeto e sua adequação à realidade atual fazendo uso dos recursos oferecidos pelas tecnologias e as novas mídias digitais foi produzido um sítio eletrônico, espaço virtual para compartilhamento de conteúdos relativos à memória da cidade e seus personagens: registros de memória oral, fotografias e demais materiais iconográficos, micro-relatos e estudos sobre a cidade. A culminância do Projeto se deu com o “Seminário Memória e Patrimônio Cultural”, com a publicação da segunda edição dos três primeiros volumes e um quarto, produzido em 2011. A intenção dos idealizadores é que esse “trabalho seja contínuo e que a memória de Cataguases possa ser registrada periodicamente, através das memórias pessoais daqueles que fazem a história da cidade”. 

Em 2012, o ICC alcança resultados que somam dez anos de trabalho de uma rede local de cooperação e inovação social. Para seu gestor Djlama Dutra: "Uma ação que recoloca Cataguases não só na vanguarda de criação e produção cultural, bem como, a região passa a ser referência e modelo indutor de economia criativa e de políticas públicas, sobretudo, de juventude, cultura e educação".